No primeiro trimestre de 2020, o setor de genética brasileira baseada em sêmen bovino viu o movimento aumentar, na comparação com os três primeiros meses de 2019. O mercado total de sêmen, para raças de corte e de leite, foi de 4,427 milhões de doses, ante 3,597 milhões. O crescimento foi de 23,1%.

Esses dados representam o volume de doses produzidas pelas centrais e também os serviços prestados aos pecuaristas. O total de doses vendidas foi de 3,623 milhões de partidas, 22,6% acima do primeiro trimestre de 2019. “Não acreditamos que haja estocagem de sêmen por parte dos pecuaristas”, afirma Vivacqua. “Os produtores estão vendo um mercado internacional demandado e crescente, e estão investindo.”

Os dados da Asbia mostram, também, um crescimento das importações de sêmen de raças de corte. Elas somaram 990,5 mil doses neste ano, ante 779,5 mil em 2019, e 412,8 mil em 2018. A entidade não divulgou quais raças puxaram o desempenho, mas é o angus que se destaca nesse mercado.

No caso das leiteiras, puxadas pela raça holandesa, as compras foram de 1 milhão de doses neste ano, ante 841,2 mil no ano passado e 691,7 mil em 2018.

No caso das exportações, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) paralisou o envio de material genético a partir de meados de março. O Brasil vende material, principalmente de raças zebuínas, para países da América do Sul e Central. Como Bolívia, Colômbia, Guatemala. “O Brasil exporta via Miami, nos Estados Unidos, como rota principal”, diz Vivacqua. “Mas os americanos não estão aceitando material vivo, como é o caso do sêmen em escalas no seu território.”

A impossibilidade das exportações podem afetar esse mercado daqui para a frente, comprometendo os resultados até agora alcançados. No primeiro trimestre do ano, as exportações de sêmen de raças de corte foram de 32,4 mil doses, o dobro em relação ao mesmo período de 2019. No leite, as exportações foram de 49,9 mil doses, ante 17,8 mil no ano passado. (DBO)