O Brasil registrou nesta terça-feira 881 novas mortes em decorrência do coronavírus, recorde para um só dia desde o início da pandemia, o que faz com que a contagem de óbitos atinja 12.400, informou o Ministério da Saúde.

O número de casos confirmados da doença no país, por sua vez, avançou em 9.258, chegando à marca de 177.589 —embora não seja um recorde diário, o avanço é suficiente para que o Brasil ultrapasse a Alemanha (171.183) no número de infecções, tornando-se o sétimo país do mundo com mais casos.

O recorde anterior para o número de óbitos confirmados em um único dia era de 8 de maio, quando o país registrou 751 mortes. Já a máxima diária de novos casos continua sendo do último domingo, quando houve 10.611 infecções confirmadas.

A divulgação diária dos números pelo Ministério da Saúde não indica que as infecções e óbitos tenham necessariamente ocorrido nas últimas 24 horas, mas sim que os registros foram inseridos no sistema no período.

Em meio às dificuldades para testagem no país, o secretário substituto de Vigilância em Saúde da pasta, Eduardo Macário, disse nesta quarta-feira que o país realizou até o momento 482.743 exames, dos quais mais de 145 mil ainda aguardam resultado.

Ele informou também que já existe transmissão confirmada de coronavírus em mais de 50% dos municípios brasileiros.

São Paulo continua sendo o Estado mais afetado pela doença, atingindo as marcas de 47.719 casos confirmados, alta de 1.588 na comparação diária, e de 3.949 mortes —avanço de 206 em relação à véspera.

O coordenador interino do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, Dimas Covas, afirmou nesta terça-feira temer que o Brasil se torne um dos epicentros globais da Covid-19 caso a marcha atual não seja revertida. 

Na sequência da contagem por Estados do Ministério da Saúde vem o Rio de Janeiro, com 18.486 infecções e 1.928 óbitos, seguido de perto pelo Ceará (18.412 casos, 1.280 mortes).

Ainda segundo o ministério, o Brasil possui 72.597 pacientes recuperados da Covid-19 e 92.593 em recuperação.

Um modelo de letalidade por coronavírus do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington prevê mais de 88.000 mortes por coronavírus no Brasil até agosto. (Reuters)