A agroindústria da carne de Santa Catarina divulgou comunicado no qual informa que o eventual fechamento de unidades produtoras pode provocar problemas à comunidade e ao País, especialmente no quadro atual de quarentena determinado para o enfrentamento da epidemia de covid-19.

O documento é assinado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), pela Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e pelo Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), que salientam que “o abastecimento de alimentos e a preservação da saúde dos trabalhadores são prioridades indiscutíveis para os setores de aves e de suínos do Estado”.

O setor ressalta que “unidades fechadas significa ausência de produtos em estoques e nas gôndolas. Só há paz social se não houver falta de alimentos, e a suspensão da produção pode aproximar a sociedade do estado de caos”.

No documento, o impacto ambiental também é destacado: “Cada unidade frigorífica abate milhares de aves e suínos diariamente. Se não houver o abate, o único destino possível para estes animais é o aterro sanitário. Os impactos ambientais são graves. O pedido de suspensão da produção gera, portanto, um grande risco ambiental para todos.”

Segundo as entidades representativas da agroindústria da carne, o fechamento de plantas, em vez de proteger a população, aumenta o risco de exposição dos trabalhadores ao vírus. “O ambiente frigorífico é reconhecido pelos diversos órgãos internacionais como um ambiente diferenciado, cujo processo rotineiro já considera medidas de higiene que previnem a transmissão de patógenos e consequentemente não é um ambiente propício à disseminação de vírus da covid-19”, garantem.

As agroindústrias reforçam que, antes mesmo do início da adoção da quarentena em vários Estados do País, o setor já havia adotado medidas preventivas necessárias para proteger e prevenir, ao máximo, o risco nas unidades de produção. (AE)