O Brasil registrou nesta terça-feira o maior número de novas mortes em decorrência do novo coronavírus desde o início da pandemia, com a contabilização de 600 novos óbitos, o que eleva o total a 7.921, informou o Ministério da Saúde.
Em relação à quantidade de casos confirmados de infecção pelo vírus, o país teve salto de 6.935 em relação à véspera, chegando a 114.715. Embora o número represente uma leve alta ante os 6.633 casos confirmados na segunda-feira, não supera o recorde de 7.218 visto em 30 de abril.
O recorde anterior para a contagem diária de óbitos era de 28 de abril, quando o país registrou 474 mortes.
Em entrevista coletiva sobre o assunto, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Oliveira, fez a ressalva de que as 600 novas mortes contabilizadas não ocorreram necessariamente nas últimas 24 horas, apenas entraram no sistema ao longo do dia.
São Paulo continua sendo o Estado mais afetado pela doença no Brasil, com 34.053 casos —alta de 1.866 na comparação diária— e 2.851 mortes, avanço de 197 em relação à véspera.
O coordenador Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, afirmou nesta terça-feira que o sistema de saúde do Estado terá problemas em no máximo um mês caso a média do isolamento social paulista siga abaixo de 50%.
Na sequência da contagem por Estado do ministério vem o Rio de Janeiro, com 12.391 casos e 1.123 mortes, acompanhado pelo Ceará (11.470 infecções, 795 óbitos), cuja capital Fortaleza anunciou que entrará em “lockdown” a partir de sexta-feira.
A letalidade da doença no país é de 6,9%, acrescentou o Ministério da Saúde. (Reuters)