As exportações de carne bovina in natura em abril/20 bateram recorde para o mês, contabilizaram um volume total de 116,30 mil toneladas e uma receita de US$ 509,13 milhões.

Os envios para o exterior desaceleraram 7,64% em comparação ao mês anterior, quando foram enviadas 125,92 mil toneladas. Em contrapartida, o avanço foi de 2,91% ante abril/19 (113 mil toneladas).

A média diária registrada ficou em 5,81 mil toneladas, avanço de 1,57% em relação à média de março e baixa de 8,06% frente ao desempenho do mesmo período de 2019.

O preço médio por tonelada registrou-se em US$ 4.378,00, baixa de apenas 0,73% em relação a março/20, e valorização de 14,84% ante o valor médio em abril/19.

O mês de abril/20 finalizou atendendo as expectativas de que os embarques de soja brasileira para fora do país atingiriam volumes recordes. Mesmo com um dia menos que 2019, os envios da oleaginosa no mês de abril/20 foram 65,24% maiores em receita e 73,43% em volume no comparativo anual.

A queda no preço em dólar afetou pouco o mercado de negócios da soja interno, visto que a desvalorização do real mais que compensou a queda no preço médio da soja negociada nos portos. O mês de abril/20 totalizou uma receita de US$ 5,46 bilhões e um volume de 16,31 milhões de toneladas, recorde histórico de embarques.

A tendência que era observada para o milho também foi confirmada, os embarques do cereal registraram uma redução de 93,78% em receita e 98,08% em volume no comparativo entre abril/20 e abril/19. A oferta reduzida de milho no mercado interno, fez com que as negociações priorizassem o abastecimento no país, e com isso os preços de negócios ficaram sustentados.

Com a pouca disponibilidade para envio externo, o preço da tonelada exportada de milho atingiu US$ 647,2/t, crescimento de 224,59% no comparativo anual e um dos maiores valores da história. Isso demonstra que o mercado de milho brasileiro deve continuar com preços altos até a chegada da safrinha no mercado.