A processadora norte-americana de carne de frango Pilgrim’s Pride, controlada pela brasileira JBS, obteve lucro líquido de US$ 67,3 milhões, ou US$ 0,27 por ação, no primeiro trimestre deste ano, informou a companhia nesta quarta-feira (29). O resultado representa queda de 19,9% ante igual período do ano passado, quando a empresa lucrou US$ 84 milhões, ou US$ 0,34 por ação. As vendas líquidas aumentaram 12,8% na mesma comparação, passando de US$ 2,725 bilhões para US$ 3,075 bilhões.
A companhia disse que a redução do lucro foi motivada por um aumento dos custos, que passaram de US$ 2,51 bilhões para US$ 2,9 bilhões. As despesas gerais, administrativas e com vendas aumentaram de US$ 81,9 milhões para US$ 92,7 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado diminuiu 19%, para US$ 165,5 milhões. A margem Ebitda ajustado passou de 7,5% para 5,4%.
“Apesar dos mercados voláteis e desafiadores no primeiro trimestre, em parte devido à covid-19, nossa estratégia continuou alcançando resultados sólidos em relação a outras empresas do setor”, disse o CEO da Pilgrim’s, Jayson Penn.
As operações na Europa voltaram a apresentar resultados robustos no primeiro trimestre, mantendo a tendência dos últimos três trimestres de 2019, afirmou a companhia. A receita líquida nessas operações cresceu quase 60% no período. Esse bom desempenho, no entanto, foi ofuscado por condições de mercado mais difíceis nos Estados Unidos e no México.
Nos EUA, antes das restrições decorrentes da pandemia de coravírus, o mercado acompanhou a sazonalidade normal para o primeiro trimestre, disse a companhia. O mercado de desossa de aves de grande porte foi especialmente volátil durante o trimestre e permaneceu desafiador na comparação com igual período de 2019, em parte por causa do fechamento de restaurantes. “No entanto, em termos operacionais, continuamos melhorando nosso desempenho em relação ao setor em todas as nossas unidades de negócios”, afirmou Penn, acrescentando que a empresa se adaptou rapidamente à mudança nos canais de demanda.
No México, as condições macroeconômicas continuaram mais fracas do que o esperado no primeiro trimestre, contribuindo para incertezas nos gastos do consumidor, disse a Pilgrim’s. Essa fraqueza foi parcialmente compensada por um crescimento em alimentos preparados. (AE)