A JBS S.A. tem capacidade para elevar exportações de carnes do Brasil e da Austrália para os Estados Unidos, se necessário, para ajudar a suprir a demanda no país norte-americano, disse o diretor financeiro da empresa, Guilherme Cavalcanti, em webcast promovido pela Genial Investimentos na terça-feira (28).
Cavalcanti disse que o estoque de carnes no varejo dos EUA hoje é suficiente para durar cerca de 15 dias. “Se os EUA tiverem uma falta de carne e esse estoque acabar, a gente pode exportar para os EUA. A gente tem capacidade ociosa no Brasil para exportar carne para os EUA, se precisar. A gente (também) pode exportar da Austrália para os EUA”, disse ele.
A JBS fechou quatro unidades nos EUA após casos de coronavírus – três de carne bovina e uma de carne suína. Duas plantas de carne bovina já foram reabertas. Outras grandes empresas do setor, incluindo Smithfield Foods, Cargill e Tyson, também fecharam plantas nos EUA, reduzindo a oferta de carnes no país.
Veículos da imprensa norte-americana noticiaram na tarde de terça-feira (28) que o presidente Donald Trump assinaria uma ordem para manter plantas processadores de carnes no país abertas e em funcionamento em meio ao risco de desabastecimento do produto no país.
No Brasil, a planta de processamento de frango da JBS em Passo Fundo (RS) está fechada após funcionários contraírem coronavírus.
Cavalcanti disse que a capacidade de produção da JBS no Brasil está menos suscetível a fortes impactos relacionados a fechamentos por coronavírus, já que a empresa trabalha com plantas menores no país, com a produção menos concentrada.
A diretora de Relações com Investidores da JBS, Christiane Assis, disse ainda que as exportações totais da JBS a partir do Brasil continuam muito fortes e que a empresa espera que continuem neste ritmo nos próximos meses. (Reuters)