A alta do dólar já se reflete no custo de produção em Mato Grosso, conforme levantamento semanal divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo o instituto, o custo total estimado para o sojicultor do Estado é de R$ 4.014,78 o hectare, alta de 0,52% ante o previsto em março. O custo variável aumentou 0,53%, e o custo operacional teve elevação de 0,51%. Segundo o Imea, houve alta principalmente em fertilizantes. “Este avanço esteve atrelado à variação cambial no período.”

Ainda segundo o instituto, os preços do farelo e óleo de soja vêm registrando tendência de queda nas últimas semanas, influenciados pela redução da demanda interna. “O preço do farelo de soja, por exemplo, registrou um pico no final de março, mas já recuou 5,55% desde então”, destacou o Imea. As cotações ainda são mais altas do que no início do ano, ao contrário do óleo de soja, que registra um recuo de 4,71% no período, devido às expectativas de menor consumo de biodiesel no país, após a recente suspensão e remarcação do leilão de biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Imea salientou, contudo, que a margem bruta de esmagamento está melhor do que no último ano e os preços dos subprodutos continuam sendo sustentados pela valorização do dólar.

O preço da soja na última semana fechou em R$ 88,16/saca no Estado de Mato Grosso, alta de 2,44%, fundamentada no fortalecimento da moeda norte-americana, segundo o Imea. (AE)