A partir desta sexta-feira, 1º, Minas Gerais vai começar a vacinar bovinos e bubalinos de todas as idades contra febre aftosa. A campanha se estende até 30 de junho. Por conta das medidas de isolamento social necessárias ante a pandemia de coronavírus, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) receberá as declarações até 10 de julho.

Com o atendimento presencial temporariamente suspenso, o produtor deve comprovar a vacinação dos animais usando o formato eletrônico de declaração ou acessar o Portal de Serviços do Produtor, no site do IMA. O envio por e-mail para a unidade da região do criador é outra opção.

Segundo a pasta, a imunização do rebanho é obrigatória e fundamental para que o estado mantenha o reconhecimento internacional de zona livre com vacinação. Esse cenário favorece o agronegócio, pois estimula o acesso a mercados internacionais, contribuindo para o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais.

O diretor-geral do IMA, Thales Fernandes, pede apoio aos produtores rurais mineiros e reforça que a vacinação é essencial para manter o rebanho sadio e livre de focos da doença. “É muito importante cumprirmos o calendário oficial. Entendemos que o momento é difícil e sem precedentes, mas precisamos, mais do que nunca, nos unir para um trabalho em conjunto, mantendo acordos internacionais que garantam a exportação da carne bovina de Minas Gerais. Prorrogamos o prazo da campanha para dar mais tranquilidade às pessoas”, diz.

Cuidados importantes
Em virtude do atual cenário, o IMA recomenda ao produtor rural o uso de máscara de proteção ao se deslocar até o estabelecimento para a compra da vacina.

A vacina de 2 mililitros deve ser adquirida em estabelecimento credenciado para a revenda e conservada em temperatura entre 2 ºC e 8 ºC do momento da compra até a vacinação. Recomenda-se também programar a aplicação para os horários mais frescos do dia.

O produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 92,79 por cabeça.

A declaração de vacinação também é obrigatória e o produtor que não o fizer até 10 de julho de 2020 poderá receber multa de 5 Ufemgs, o equivalente a R$ 18,55 por cabeça.

A febre aftosa é causada por vírus altamente contagioso. A doença é transmitida pela saliva, nas aftas, no leite, no sêmen, na urina e nas fezes dos animais doentes. Inquietação, salivação (babeira), lesões na boca e nas patas são alguns sintomas. O produtor deve notificar imediatamente ao IMA se for verificado animais com estes sintomas. O médico veterinário irá até o local e tomará as providências necessárias. (Canal Rural)