A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou as exportações de carne bovina in natura referentes aos 12 (doze) primeiros dias úteis de abril/20 que contabilizaram um volume total de 67,42 mil toneladas e uma receita de US$ 296 milhões.
A média diária registrada ficou em 5,61 mil toneladas – queda de 6,50% ante a segunda semana do mês e avanço de 4,26% em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor médio por tonelada registrou-se em US$ 4.592,55, aumento de 21,52% quando comparado com o valor médio de abril/19.
Projeções preliminares deste mês apontam para 110 e 115 mil toneladas enviadas até o final de abril, um cálculo considerando o histórico dos últimos três meses e uma possível queda dos embarques no último período do mês.
Os bons resultados para a exportação em março animaram o mercado, no entanto, a análise fria dos indica que 6 dos 10 principais importadores de carne brasileira em 2020 projetam contração econômica acima de 3%, algo preocupante para o desempenho dos envios de carne bovina nos próximos meses.
Além disso, abril e maio deverão refletir embarques de pedidos realizados pela China entre janeiro e fevereiro, pico do problema com o COVID-19 por lá. Isso significa que o volume embarcado para o país asiático não deverá renovar suas máximas nos próximos 45 dias.
Os envios externos da soja brasileira reduziram o ritmo na última semana, no entanto, o volume enviado nos 12 dias úteis de abril/20 já chega a 8,87 milhões de toneladas. Na comparação com abril/19, o incremento em volume enviado já chega 65,19%, no mesmo período do ano passado o total enviado chegava a 5,37 milhões de toneladas.
O preço da tonelada da oleaginosa enviada para fora do país está em US$ 337,31/t, ainda assim, com o grande aumento do volume exportado, a receita gerada já chega a US$ 2,99 bilhões. O dólar elevado tem dado competitividade ao produto brasileiro e com os chineses ainda forte nas compras, a tendência é de mais um ótimo mês para as exportações brasileiras de soja.
No caso do milho, sem muito cereal disponível no mercado interno, os envios continuam devagar, com uma média diária de 367,8 toneladas, volume 97,79% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.
A receita gerada com as exportações do cereal totaliza pouco mais de US$ 1,88 milhão, no mesmo período do ano passado, os embarques já haviam acumulado uma receita de US$ 39,81 milhões, caindo assim 95,28% no comparativo anual.