Milho
Com olhos atentos sobre a situação climática em algumas regiões produtoras, o contrato futuro do milho para julho/20 registrou leve valorização diária na B3, fechando a semana passada cotado à R$ 43,40/sc. Durante esta semana, os olhares se fixam mais fortemente sobre o clima no Brasil, visto que as fases de pendoamento e florescimento são importantes para a definição da produtividade do cereal.
Nos EUA, o plantio do milho deve começar a se intensificar nesta semana e o mercado acompanhará de perto o andamento deste. Além disto, a abertura gradual da economia apresentada pelo presidente norte-americano dá certo alento as indústrias de etanol de milho, e fizeram o cereal registrar valorização na sexta-feira, com o contrato para julho/20 fechando a US$ 3,29/bu.
Boi gordo
A última semana foi marcada por um baixo número de negócios, a queda de braço entre produtor e frigorífico continua em voga, e aqueles fechados são formados por pequenos lotes. A exceção ocorre em algumas regiões do Brasil Central, que já são atingidas pela seca e os pastos não tem mais matéria-verde suficiente para manter os animais, aliado a isso o receio de desvalorização das indicações.
Além disso, com a chegada da segunda quinzena do mês, período sazonal de menor consumo de carne bovina pela população, as indústrias frigoríficas mantêm a estratégia de escalas encurtadas e pulando dias de abate. Vale destacar que algumas unidades ainda estão fora de compras ou em férias coletivas.
Em São Paulo, as programações de abate encerraram a terceira semana de abril com 5,5 dias úteis, abaixo da média parcial anual (atualmente em 6,5 dias).
Soja
O mercado da soja fechou a semana sem grandes novidades sobre o preço, com o dólar ainda dando sustentações aos negócios no Brasil. Ainda assim, o melhor enfrentamento a pandemia com economias mundiais cogitando a se reabertura gradual deve afetar o preço do dólar nas próximas semanas, o questionamento que fica é em que momento o Brasil está na curva da COVID-19.
No mercado externo, a expectativa é que o plantio da safra 20/21 se inicie durante esta semana nos EUA e no radar segue a preocupação de que a área da oleaginosa seja ainda maior, devido as mínimas históricas atingidas pela cotação do milho na CBOT, e o produtor optando pela troca do cereal para a soja.