Milho
No mercado físico, o cereal seguiu sua trajetória de queda de preços na quinta-feira, no entanto, com uma desvalorização mais tímida de apenas 0,09% no comparativo diário, fechando em São Paulo à R$ 56,41/sc. As novas estimativas da Conab apontam para uma 2ª safra de 75,4 milhões de toneladas, montante 2,8% superior que ao estimado na última pesquisa.
Nos EUA, o USDA divulgou o relatório de oferta e demanda dos primeiros números com os impactos do coronavírus na cadeia do milho. Os números apontaram uma elevação de 10,4% nos estoques finais norte-americanos. E a estimativa inicial de redução de 6,92% na demanda das indústrias de etanol do país e queda de 5,21% no consumo destinado a alimentos, sementes e indústrias gerais.
Boi gordo
Ao longo da última semana foi registrado baixo volume de negócios no mercado spot, as indústrias trabalham com muita cautela visto que o consumo interno continua aquém das expectativas de início do mês, período sazonal de maior fluxo de saída de carne bovina no varejo com a chegada dos pagamentos.
Mesmo assim, as escalas alongaram em um dia, na média Brasil. Resultado da chegada da frente fria aliada ao início da estiagem, a pressão de fim de safra começa a aparecer.
Além disso, o isolamento social tem mudado a dinâmica de mercado, e atrelado à Semana Santa, houve um favorecimento a comercialização de carne de frango e pescados.
Em São Paulo, as programações de abate encerraram a segunda semana de abril em 6,5 dias úteis, e com as indicações para boi comum em torno de R$ 190 a 195/@.
Soja
A quinta-feira pré-feriado foi marcada pela desvalorização do dólar, fechando o dia a R$ 5,10, essa queda transpôs a melhora que foi registrada nos contratos futuros da CBOT e puxou o mercado físico da oleaginosa para baixo, com essa voltando a casa dos R$ 100,00/sc.
Além disso, o USDA divulgou o seu relatório de oferta e demanda, com números menores do que o esperado para os estoques globais de soja, que reduziram de 102,4 milhões de toneladas para 100,5 milhões de toneladas, devido à redução na produção mundial.
A Conab também lançou os seus novos números para a safra brasileira, e reduziu a produção do país para 122,06 milhões de toneladas, queda de 1,73% ante os números de mar/20. O clima adverso no RS, influenciou esta diminuição produtiva no país.