Caroline Matos é zootecnista e trainee na Agrifatto

 

No final de março/20, a Organização Geral dos Serviços Veterinários do Egito concedeu novas habilitações para 15 plantas frigoríficas de bovinos e renovou a habilitação para mais 82 unidades do Brasil.

Segundo o adido agrícola da embaixada do Brasil no Cairo, as negociações para as novas permissões iniciaram no começo deste ano e, possivelmente, a pandemia de Covid-19 acelerou o processo pelo receio de desabastecimento do país, como aponta a Agência de Notícias Brasil-Árabe.

Gráfico 1.
Exportações (mil toneladas) de carne bovina brasileira total (in natura, miúdos, carnes salgadas, tripas e industrializados) e carne bovina in natura para o Egito a partir de 2010.

Fonte: Secex/Agrifatto.

 

O mercado egípcio é um dos principais importadores de carne bovina brasileira, principalmente in natura. Em 2019 foi o 3° maior comprador, perdendo apenas para China e Hong Kong, foram enviadas 164 mil toneladas de carne bovina total e uma receita próxima a US$ 480 milhões. O produto in natura representou aproximadamente 93% do total (152 mil toneladas).

Destaca-se também as exportações em 2015, recorde de envios para o mercado egípcio, naquele ano foram embarcadas 195 mil toneladas de carne bovina total (91% do produto in natura), colocando o Egito como 2° maior importador de proteína bovina brasileira.

As novas habilitações aumentam as expectativas de avanços nos envios para o país, visto que demonstram a confiança dos egípcios no sistema de inspeção sanitária do Brasil.

No 1° TRI deste ano, o Egito já importou 19 mil toneladas de proteína bovina total, acumulando uma receita de US$ 61 milhões.