O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou a alta a 1,64% em março, após variação positiva de 0,01% em fevereiro, recebendo impulso da alta dos preços tanto no atacado quanto no varejo, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 1,28% na mediana das projeções.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) — que responde por 60% do indicador todo — passou a subir 2,33% em março, após recuo de 0,03% em fevereiro.
Colaborando para essa leitura, o grupo Matérias-Primas Brutas saltou 5,63% no período, acelerando a alta ante ganho de 0,29% em fevereiro. Os itens minério de ferro, soja e café tiveram o maior peso sobre esse movimento.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que responde por 30% do IGP-DI, subiu 0,34% em março, ante variação negativa de 0,01% no mês anterior.
A principal colaboração para esse resultado veio dos grupos Alimentação e Habitação, que subiram 1,35% e 0,28% em março, respectivamente, ante alta de 0,35% e queda de 0,38% no mês anterior. As carnes bovinas e a tarifa de eletricidade residencial foram itens de destaque para o resultado do IPC.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, desacelerou a alta a 0,26% no período, de 0,33% em fevereiro.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. (Reuters)