Com os processos de habilitação de novos frigoríficos para exportação de carne para a China suspensos por conta do avanço do coronavírus, o Brasil possui oito pedidos pendentes de análise no país asiático.
No ano passado, o governo brasileiro enviou uma lista com 33 frigoríficos, dos quais 17 receberam habilitação. Segundo apuração feita pela Globo Rural, a apreciação dos processos enviados à China é lenta devido às medidas de restrição ainda vigentes no país.
No órgão regulador responsável por averiguar os pedidos de habilitação, ainda vigoram as escalas de trabalho com número reduzido de pessoal, o que dificulta a liberação de novas plantas no Brasil.
“Hoje, estamos com o mercado europeu parado, árabes parados, América do Sul parada. O único mercado que se recuperou e que o pessoal está conseguindo exportar é o asiático”, diz o funcionário de um frigorífico que aguarda há cinco meses uma resposta chinesa sobre a habilitação.
Sem videoconferências
Desde o ano passado, as autoridades da China têm realizado a inspeção em frigoríficos brasileiros por videoconferência, A medida foi adotada antes mesmo da disseminação do coronavírus no país, motivada pela elevada demanda por proteína animal no país após o surto de peste suína africana.
“Parou tudo. Não tem como fazer uma teleconferência numa planta se, no momento, ninguém está viajando”, destaca o executivo de um frigorífico afetado pela paralisação das habilitações, que prefere não se identificar. (Globo Rural)