O setor de serviços da China teve dificuldades para se recuperar em março após um mês brutal de fechamentos sem precedentes de lojas e isolamento social em meio ao surto de coronavírus, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.
As empresas de serviços cortaram empregos no ritmo mais forte já registrado conforme as encomendas despencaram pelo segundo mês seguido e as empresas buscaram reduzir seus custos operacionais. As encomendas para exportações também recuaram de novo já que mais países adotaram suas próprias medidas de contenção do vírus.
Embora o PMI de serviços do Caixin/Markit tenha se recuperado para 43 em março da mínima recorde de 26,5 em fevereiro, ele ainda permanece em território de contração e foi a segunda leitura mais fraca desde que a pesquisa começou no final de 2005. A marca de 50 separa crescimento de contração.
O resultado amplia os temores de que as empresas de serviços podem ser muito mais afetadas e por mais tempo do que as fábricas, que estão lentamente voltando ao trabalho, embora abaixo de níveis normais.
O setor de serviços é um importante gerador de empregos na China e responde por cerca de 60% da economia, que agora deve encolher pela primeira vez em 30 anos.
“A atividade de serviços permaneceu sob enorme pressão e continua a encolher em meio a restrições para conter a epidemia de coronavírus”, disse Zhengsheng Zhong, diretor de análise macroeconômica do CEBM Group.
“A recuperação da atividade econômica permaneceu limitada em março, embora a epidemia doméstica tenha sido contida”, disse ele.
O PMI Composto da China acelerou a 46,7 da mínima recorde de 27,5 em fevereiro. (Reuters)