A atividade comercial nos mercados de commodities da China está em disparada à medida que operadores ampliam o “hedge” de riscos, impulsionando os volumes de contratos em aberto e de negócios nos mercados futuros a recordes e máximas de vários anos em março, na esteira da epidemia de coronavírus e da volatilidade global nos preços das commodities.
A bolsa de futuros de Xangai, conhecida por seus contratos de metais básicos, registrou em março um recorde de 7,3 milhões no volume de contratos em aberto, enquanto os volumes de negócios atingiram uma máxima de quatro anos.
Já na bolsa de commodities de Dalian, casa dos futuros do minério de ferro na China, os volumes de negócios também dispararam para uma máxima de quatro anos, a 194 milhões de contratos. O interesse em aberto na bolsa de Zhenzghou, enquanto isso, bateu um recorde de 5,6 milhões de contratos.
“Os vendedores estão negociando com base no impacto do vírus à economia… Os compradores estão negociando com base nas medidas de estímulo que o governo vai implementar ou vem implementando. É uma divergência entre os participantes do mercado, e isso criou muita atividade”, disse Tiger Shi, diretor-gerente da corretora Bands Financial.
O mercado pendeu apenas para um lado quando a epidemia do coronavírus teve início, mas em março Pequim começou a encorajar a retomada da atividade econômica, em um momento em que a volatilidade aumentava nos mercados externos em função da disseminação do coronavírus, o que deu aos participantes mais sinais para que os negócios fossem realizados, afirmou Shi.
“Recebemos mais procura e novas contas em março”.
A bolsa de Xangai ressaltou que a média diária de contratos em aberto atingiu uma máxima histórica em março. Já as instituições de Dalian e Zhengzhou não responderam a pedidos por comentários. (Reuters)