Os preços dos combustíveis nos postos brasileiros recuaram nesta semana, após consecutivos cortes dos valores nas refinarias pela estatal Petrobras e em meio a mais uma semana de baixa do petróleo no mercado internacional.

Com o movimento, a gasolina acumula queda de em média 2,89% nas bombas em março, enquanto o diesel, combustível mais utilizado do Brasil, totaliza redução média de 4,6%, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.

O petróleo Brent, referência internacional, perdeu 8% na semana e 5% nesta sexta-feira, quando fechou a 24,93 dólares por barril. No ano, o Brent soma recuo de mais de 60%, em meio à deterioração da demanda após medidas de isolamento adotadas pelo mundo contra o coronavírus e com uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, que disputam participação no mercado.

Nesse cenário, a Petrobras já anunciou dois reajustes negativos para a gasolina nesta semana— um corte de 15% a partir da quarta-feira e um de 5% que entra em vigor no sábado. No diesel, a companhia reduzirá preços em 3% a partir do sábado.

Responsável por quase 100% da capacidade de refino no Brasil, a Petrobras já cortou preços da gasolina em 43% em 2020, enquanto no diesel a redução acumulada é de cerca de 30%.

O repasse dos movimentos aos combustíveis nos postos, no entanto, não é automático e depende de diversas condições, como estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

Nas bombas, para o consumidor final, os preços da gasolina caíram em média em 1,92% nesta semana, para 4,486 reais por litro, segundo os dados da ANP. No acumulado do ano, a retração é de 3,47%.

No diesel comercializado nos postos, houve queda de 2,6% entre domingo e esta sexta-feira, de acordo com a reguladora, para média de 3,492 reais por litro. Na comparação com a primeira semana de janeiro, o combustível totaliza recuo de em média 7,59%.

Já as cotações do etanol hidratado caíram 2,7% na semana, com retração acumulada de 3,39% em março. Mas a cotação atual, de em média 3,139 reais, é apenas 1,1% inferior à vista no início de janeiro. (Reuters)